Dados do Trabalho


Título

PROTOCOLO PADRÃO OURO PARA O PROCESSAMENTO DE ENDOSCÓPIOS FLEXÍVEIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Introdução

A elaboração de protocolos, constitui uma estratégia relevante e essencial para garantir a qualidade do resultado. Esses instrumentos são elaborados a partir de princípios e práticas que integram as evidências, os quais oferecem as melhores opções disponíveis de cuidado para a prática clínica. Os endoscópios são produtos para a saúde classificados como semicríticos, e para sua reutilização diretrizes recomenda-se para o processamento, no mínimo, a desinfecção de alto nível que compreende várias etapas entre a pré-limpeza e o armazenamento e que devem ser realizadas de forma padronizada.

Objetivo

Relatar a experiência na elaboração de um protocolo padrão ouro para o processamento de endoscópios flexíveis.

Método

Trata-se de um relato de experiência, acerca da elaboração de um protocolo padrão ouro. Para a elaboração do protocolo foi realizada a análise documental de dezoito diretrizes nacionais e internacionais que tratavam do processamento de endoscópios. Essas diretrizes abordavam os elementos essenciais relacionados as etapas do processamento de endoscópios, divididos em quatro áreas: I - área de exame: pré-limpeza, II - área de limpeza: teste de vedação, inspeção, limpeza manual, enxágue e secagem, III - área de desinfecção: desinfecção de alto nível manual, enxágue, secagem, desinfecção de alto nível automatizada, IV - área de armazenamento: armazenamento. O processo de análise das diretrizes, permitiu estruturar o protocolo padrão ouro piloto, sequencialmente foi avaliado por sete especialistas brasileiras da área de processamento de produtos para saúde. A escolha dos avaliadores do protocolo piloto foi realizada por meio do curriculum lattes, considerando o critério de publicações relacionadas a temática abordada. As sugestões dos especialistas foram compiladas e inseridas no protocolo piloto, o qual foi submetido a uma fase de teste, pela equipe de enfermagem de serviço de endoscopia de um hospital de ensino de grande porte, da região Centro-Oeste do Brasil. Na sequência, foram feitos novos ajustes e adaptações no protocolo para qualificar a prática clínica e, posteriormente, sua implementação na unidade.

Discussão e Conclusões

O protocolo foi estruturado para formato e-Book eletrônico, e o conteúdo apresenta uma sequência passo-a-passo de todas as etapas do processamento com uma abordagem de sistema de qualidade para garantir o processamento adequado. O formato da apresentação das informações, estão dispostas de maneira simples e precisas, com imagens, fluxogramas e seções de resumo. Nesse formato, o protocolo facilita a operacionalização pelos profissionais que atuam na área de processamento de endoscópios. O protocolo no formato digital está disponibilizado on-line, gratuitamente, pelo repositório da Universidade Federal de Goiás, por meio do link http://repositorio.bc.ufg.br/handle/ri/20245.

Conclusões

Esse protocolo se constitui em uma excelente fonte de informação, sendo uma diretriz para garantir a qualidade de todas as etapas do processamento, por conseguinte alcançar o esperado de seu papel na prevenção da transmissão de microrganismos e o desenvolvimento de infecções relacionadas ao uso de endoscópios flexíveis. Adicionalmente, por entender que a segurança dos profissionais, durante o processo, é extremamente preocupante, o protocolo, descreve instruções claras à equipe quanto ao uso adequado dos equipamentos de proteção individual, ao mesmo tempo, reforça o trabalho com sistema de qualidade para o processamento de endoscópios flexíveis.

Palavras-chaves

Endoscópios, desinfecção, diretrizes.

Referências

ASGE – AMERICAN SOCIETY FOR GASTROINTESTINAL ENDOSCOPY. Quality Assurance in EndoscopyCommittee. Asge guideline for infection control during GI endoscopy. Gastrointestinal Endoscopy, v. 87, n. 5, p. 1167-2018. May 2018. Disponívelem:https://doi.org/10.1016/j.gie.2017.12.009.
AZEVEDO, A. S. Protocolo para Processamento de Endoscópios Flexíveis:
Qualificando a Prática Clínica. Goiânia. CEGRAF. 2022. Disponível: http://repositorio.bc.ufg.br/handle/ri/20245.
Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2018.
OFSTEAD, C. L. et al. Challenges in achieving efective high-level disinfection in endoscope reprocessing. American Journal Of Infection Control, n. 48, p. 309-315, 2020.
PADOVESE, M. C. Limpeza, desinfecção e esterilização: aspec-tos gerais. In: Apecih – Associação Paulista de Epidemiologia e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em saúde. 1. ed. São Paulo: Aecih, 2010. p. 339.
PIMENTA, C. A. M. et al. Guia para construção de protoco-los assistenciais de enfermagem. São Paulo: Coren-SP, 2015. Disponível em: https://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/les/Protocolo-web.pdf. Acesso em: 15 abr. 2018.

Área

Prevenção e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde

Categoria

Enfoque na prática

Autores

ADRIANA SILVA AZEVEDO, ANACLARA FERREIRA VEIGA TIPLLE, MARIUSA GOMES BORGES PRIMO, SIMONE VIEIRA TOLEDO GUADAGNIN, DAYANE MELO COSTA, DULCELENE SOUSA MELO, CRISTIANA COSTA LUCIANO