Dados do Trabalho

Título

BENEFICIOS DO BRINQUEDO TERAPEUTICO A CRIANÇAS SUBMETIDAS A PROCEDIMENTOS CIRURGICOS: REVISAO INTEGRATIVA

Introdução

A cirurgia pediátrica é um procedimento que atende pacientes dentro da faixa etária de 0 a 18 anos. A criança hospitalizada pode desencadear ansiedade, angustia e medo em decorrência dos diversos procedimentos realizados, a saber: punção venosa, sondas, curativos e a separação dos pais na porta do centro cirúrgico. Neste contexto, é essencial a preparação da criança hospitalizada para o procedimento cirúrgico e tratamento, sendo uma possibilidade o uso de brinquedo terapêutico. O uso do brinquedo terapêutico é regulamentado pelo Conselho Federal de Enfermagem, e pode ser utilizado por qualquer profissional por meio de sessões com duração de 15 a 45 minutos com demonstração de atividades especializadas a fim de promover o bem-estar físico e emocional da criança.

Objetivo

Identificar o comportamento da criança frente a sessões com o brinquedo terapêutico e os benefícios desta intervenção.

Método

Trata-se de uma revisão integrativa desenvolvida em seis etapas: identificação do tema e seleção das questões de pesquisa; critérios de inclusão e exclusão; identificação dos estudos pré-selecionados e selecionados; avaliação dos estudos selecionados; análise e interpretação dos resultados; e apresentação da revisão e síntese do conhecimento. A escolha do tema se deu pelo caráter recente da inserção do brinquedo terapêutico na assistência hospitalar, sendo assim o objeto de estudo. A busca dos estudos foi realizada entre maio e julho de 2023 nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed, Scielo, LILACS e Sciencedirect, por meio do descritor “Centros cirúrgicos” e as palavras-chaves: “Brinquedo terapêutico” e “Procedimentos cirúrgico pediátrico”, e suas respectivas traduções para as bases de dados americanas, combinados pelo operador booleano “AND”. Foram incluídos estudos de qualquer ano e idioma, e excluídos os estudos que não continham o texto completo disponível na íntegra. Após leitura dos títulos, resumos e textos completos obteve-se como amostra final 3 estudos.

Resultados

Durante as sessões com a aplicação do brinquedo terapêutico, as crianças interromperam a brincadeira para fazer questionamentos e interessando-se em repetir a brincadeira depois de ouvir a história contada. Após a utilização do brinquedo terapêutico, se observou que as crianças se tornaram mais colaborativas durante a admissão no centro cirúrgico, onde entraram de forma espontânea e na sala cirúrgica, a maioria das crianças permaneceram tranquilas e cooperativas com o anestesista, segurando a máscara inalatória e adormecendo rapidamente após a indução anestésica. No pós-cirúrgico, a maioria das crianças despertam tranquilamente da anestesia e manifestaram o desejo de levar consigo alguns dos brinquedos terapêuticos usados na assistência.

Conclusões

O preparo para a cirurgia com o brinquedo terapêutico mostrou-se uma experiência prazerosa para a maioria das crianças que participaram das sessões, na qual gerou diversos benefícios tanto para a criança, quanto para a família e os profissionais de saúde, pois facilita a execução dos procedimentos na rotina a partir da demonstração e esclarecimentos de como ocorrem estas intervenções, gerando maior conforto e segurança para todos os envolvidos.

Palavras-chaves

Enfermagem; Procedimentos Cirúrgicos Operatórios; Pediatria

Referências

Paladino CM, Carvalho R, Almeida FA. Therapeutic play in preparing for surgery: behavior of preschool children during the perioperative period. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 2014;48(3):423-9. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/s0080-623420140000300006.

Talini C, Carvalho ARS, Viera CS. Cirurgia pediátrica eletiva: caracterização do perfil das crianças e identificação dos encaminhamentos em atraso. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. 2023;50:e20233516. Doi: http://dx.doi.org/10.1590/0100-6991e-20233516.

Neira Huerta EP. Preparo da criança e família para procedimentos cirúrgicos: intervenção de enfermagem. Rev. Esc. Enf. USP. 1996;30(2):340-53.