Dados do Trabalho

Título

CULTURA DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM CENTRO CIRURGICO: PERSPECTIVA DA EQUIPE CIRURGICA

Introdução

Introdução: A cultura de segurança é conceituada como um produto de atitudes, percepções, crenças, valores, competências e padrões de comportamento individuais e/ou realizados por um grupo de pessoas. Certamente, o conhecimento da cultura de segurança de cada instituição de saúde, favorece a criação de medidas para fortalecimento e promoção da cultura de segurança, minimizando os eventos adversos e erros relacionados a assistência. Diante desta temática, o uso das tecnologias educacionais permite os profissionais da saúde disseminarem a cultura de segurança, através de capacitação, treinamento e simulação realística, que podem fortalecer o conhecimento em habilidades técnicas e não técnicas que apoiam a cultura de segurança.

Objetivo

Objetivos: Mensurar a cultura de segurança no ambiente cirúrgico e identificar ideias baseadas nas concepções de segurança dos profissionais do ambiente cirúrgico capazes de auxiliar na disseminação da cultura de segurança.

Método

Método: Estudo quantitativo descritivo realizado com 89 profissionais do centro cirúrgico de um hospital filantrópico da região sul do país. Participantes do estudo: profissionais da equipe de saúde que exerciam suas atividades no setor do centro cirúrgico. Os dados foram coletados entre os meses de maio a setembro de 2022 com a utilização do questionário Hospital Survey on Patient Safety Culture e técnica brainwriting. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina, sob parecer n° 5.425.353. A análise dos dados ocorreu por meio de testes estatísticos e formação de nuvem de palavras.

Resultados

Resultados: Participaram do estudo 89 profissionais do bloco cirúrgico, dos quais, 46,1% faziam parte da equipe médica; e 44,9%, da equipe de enfermagem. E, ainda, 55,1% do sexo feminino com média de idade de 37,2 anos e tempo de atuação no bloco cirúrgico de 93,5 meses. A nota geral para segurança do paciente foi “muito boa” (60,6%). Não foram identificadas dimensões classificadas como fortaleza para a segurança do paciente. As dimensões alusivas foram: ao fortalecimento da cultura de segurança, o apoio da gestão hospitalar, comunicação sobre erros e feedback e abertura para comunicação. Fragilidades encontradas: frequência de eventos comunicados, trabalho em equipe, transferências internas e passagem de plantão e resposta não punitiva aos erros. Na nuvem de palavras, as ideias com maior destaque descritas pelos participantes foram relacionadas a pressa em executar as atividades e também no trabalho diário, a falta de comunicação e atitudes ríspidas e impacientes com a equipe, além da necessidade de capacitação e treinamentos e reuniões focadas no tema de segurança do paciente, proporcionando discussões entre o grupo.

Conclusões

Conclusão: É possível identificar áreas problemáticas na cultura de segurança deste bloco cirúrgico que precisam de atenção especial, as quais são as dimensões com avaliações menos positivas. Assim, fazem-se necessárias ações capazes de fortalecer o trabalho em equipe, centradas na cultura de segurança e com foco na melhoria da ambiência da unidade cirúrgica.

Palavras-chave

Segurança do paciente; Cultura organizacional; Enfermagem perioperatória;
Centros cirúrgicos.

Referências

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